Convívio com pets na infância garante benefícios para vida adulta

Segundo estudos, convivência com animais de estimação libera hormônios que proporcionam um crescimento saudável da criança.

Autor: Felipe Costa*
Editora: Prof. Larissa Bezerra

Uma empresa no Reino Unido realizou uma pesquisa com mais de mil crianças e adolescentes com idade entre 5 e 16 anos, a fim de entender melhor a relação delas com os animais de estimação. Quase 80% dos entrevistados acreditam que ter animais de estimação influencia positivamente para a concentração nos trabalhos escolares e proporciona mais disposição na realização das tarefas domésticas. Além disso, quase 50% dos participantes consideram que ter e tomar conta de um pet os tornam mais felizes e inteligentes.

Além disso, concluiu-se que a convivência com pets proporciona aumento significativo na produção de hormônios como a dopamina e a serotonina, os famosos “hormônios da felicidade”. Já estudos realizados por pesquisadores de Waltham evidenciaram que a interação entre gatos e crianças com Transtorno do Espectro do Autismo e Déficit de Atenção pode ajudar no desenvolvimento da comunicação, raciocínio, percepção e memória.

A psicóloga Jorgiana Moura diz que, normalmente, as crianças enxergam o animal de estimação como um protetor ou companheiro, e isso pode ajudar no controle do estresse, prevenção da ansiedade e depressão, redução das dores e reaproximação social.

Para Jorgiana, é perceptível a alegria, entusiasmo e conforto da criança com os pets, mas é importante ter em mente que os animais não substituem a companhia dos adultos. “Certos tipos de atenção, só um adulto é capaz de dar. Porém, a convivência realmente se torna mais flexível com um pet e a interação com um ser tão alegre, estimulante e ingênuo pode fazer com que as crianças realmente se sintam menos solitárias e aprendam percepções novas”, diz.

Os cuidados com o outro lado
Os pets cuidam, mas também precisam de constante e intenso cuidado. A médica veterinária Jacinta Lúcia diz que é preciso ter responsabilidade, pois, infelizmente, casos de negligências são extremamente comuns. “Pelo menos uma vez ao ano leve o animal de estimação para realizar uma consulta, faça um check-up e mantenha sempre uma boa alimentação, com ração de qualidade. Também fique atento em manter os remédios e vacinas atualizadas, pois essa é a melhor forma de retribuir todo o amor que eles dão”, recomenda ela.

Romário Oliveira é uma das várias pessoas que cresceram convivendo com um animal de estimação. Hoje, ele é dono de uma loja de ração, acessórios e medicamentos para animais de estimação. Ele diz que foi motivado pelo amor por pets que tem desde a infância. “Sempre admirei o quanto é verdadeiro e puro o jeito que eles nos amam. Abrir a loja foi uma forma de retribuir todo o carinho e tudo que aprendi sobre fidelidade, empatia e companheirismo. Devia isso a eles.”

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem cerca de 30 milhões de animais de estimação em situação de abandono, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em uma tentativa de reverter essa situação, diversos grupos de voluntários ajudam animais abandonados, preparando-os para a adoção. É o caso do grupo “Amigos do Bem”.

Uma das voluntárias do “Amigos do Bem”, Nilce Barros ressalta que, por causa do crescimento perceptível de animais abandonados, o grupo resolveu se juntar para ajudá-los. Segundo ela, os voluntários têm obtido resultados positivos tanto em questão do cuidado, quanto proporcionando momentos maravilhosos aos pets. “O conselho que dou é que adotem animais de estimação e se dediquem ao máximo, pois toda a atenção e afeto que derem, eles devolverão em dobro.” Também diz que além de ótimos ouvintes, eles são parceiros e vão estar com você nos seus melhores e piores momentos.

Um dos “Amigos do bem”. Foto: Nilce Barros.

*Graduando em Jornalismo, cidade de Limoeiro do Norte – CE. Cresci em convívio com bichos de estimação e isso me tornou um ser humano muito melhor, então fiz essa matéria para mostrar o quão benéfico é para nossa vida, cuidar de um pet.

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