De ração balanceada a petiscos naturais, profissionais e responsáveis por animais revelam como a escolha certa na dieta transforma saúde e comportamento.
Autora: Giovana de Oliveira*
Editora: Prof. Larissa Bezerra
Para garantir o bem-estar e a saúde dos animais de estimação é essencial uma alimentação equilibrada. Assim como os humanos, os animais também precisam de uma dieta rica em proteínas, gorduras saudáveis, carboidratos, vitaminas e minerais, mas é importante montar uma dieta de acordo com as necessidades de cada bichinho. Vários fatores podem interferir na hora de montar a dieta, como a idade, porte, quantidade de atividades físicas, se já possui algum tipo de problema na saúde ou até mesmo alguma alergia.
Ao escolher o tipo de ração do animal de estimação, é preciso estar atento aos ingredientes usados, se possui corantes, conservantes ou ingredientes artificiais – que podem causar problemas na saúde devido ao consumo em excesso -, analisar a tabela nutricional da ração e verificar se a ração é ideal para seu pet, levando em consideração os mesmos questionamentos na hora de montar a dieta dele, idade, porte e condições de saúde.
A dieta mais natural pode contribuir para a prevenção de muitas doenças, pois fortalece o sistema imunológico, o que afeta positivamente na qualidade da pele, pelagem, dentes e até mesmo no comportamento. É importante estar atento, pois existem alimentos presentes na dieta humana que são tóxicos para os animais, como o chocolate, uva, cebola, alho e o excesso de produtos lácteos.
“Eles procuram, quando soltos, por algumas frutas, como banana, coquinho e abacate, mas temos que tomar cuidado com as frutas tóxicas. Uma opção de petisco natural são vísceras das presas herbívoras” afirma Allan Medeiros, veterinário.
A CBN apurou que os tutores investem, mensalmente, de R$ 250,00 a R$ 2000,00 para a dieta de seus animais de estimação. Porém, com o aumento no preço dos alimentos pode parecer uma péssima hora para dar alimentos do cotidiano humano para os animais, mas não é necessário ser uma dieta exclusiva com esses alimentos, pode misturar com a ração, usando esses ingredientes para fortalecer a nutrição.
“Eu costumo dar apenas petiscos, aqueles já prontos, e faço receitas para eles apenas no aniversário, faço uns bolinhos com ração e cenoura para eles”, afirma Suellen Costa.
Suellen contou que por ter animais de espécies e idades diferentes, fica mais difícil na hora da alimentação, pois cada um tem sua ração. Ela tem dois cachorros, o Jake, de nove anos e o Apollo de três meses – e dois gatinhos que ela não sabe a idade certa, pois foram resgatados, o Pink e o Cérebro – além dos animais que ela costuma dar lar temporário.

Já Peterson, tutor de um cachorro de porte médio de um ano, contou que sua esposa costuma dar alimentos naturais e ao comprar produtos industriais, verifica os ingredientes usados. Ele contou que essa decisão de uma alimentação equilibrada, foi decidida pela esposa, que depois de fazer um curso para auxiliar de veterinária, viu a importância e pediu conselhos para o veterinário.
“Minha esposa que costuma dar umas frutas para nosso cachorro, ela dá banana, maçã e às vezes cozinha batata-doce, dá uns biscoitos que ela compra no mercado, e antes de escolher essa ração para o nosso cachorro, ela ficou um tempão pesquisando sobre os ingredientes”
Ao ser questionado sobre a chegada do novo membro da família, Peterson disse que não pretendia ter bichinhos por conta dos gastos. “Ela sempre amou cachorro, eu não era fã, quando meu amigo contou que estava doando uns filhotes, fui olhar de curiosidade, e acabei me apaixonando no Diego e decidimos adotar”.

Ambos os entrevistados concordam que a escolha da ração certa fez diferença no bem-estar dos pets, eles possuem mais energia, perceberam a qualidade da pelagem, e perceberam que a frequência que levavam os bichinhos para o veterinário diminuiu. Geralmente, levam a cada 6 meses para uma consulta de rotina e sem imprevistos durante o mês, pois os pets não sofrem com diarreias constantes, não vomitam com frequência, levam uma vida tranquila, longe de doenças graves.
“Muitas pessoas dizem que esse cuidado todo é exagero, mas eles dependem de nós para ter uma boa vida. Dão muito trabalho, fazem bagunça, mas não consigo imaginar minha vida sem esse serzinho. Ver ele cheio de energia, mesmo que seja pra destruir a casa, aquece meu coração de saber que ele está feliz e saudável. Ainda bem que ouvi minha esposa e adotei”, afirma Peterson.
*Olá, me chamo Giovana, tenho 23 anos, e decidi fazer jornalismo desde os meus 16 anos. Sempre amei também os animais e veterinária foi uma opção, mas após fazer um curso de auxiliar de veterinária, percebi que minha vocação mesmo era o jornalismo. Pretendo focar na parte de esportes. Além de fazer a faculdade também trabalho fora, e o fato da faculdade ser a distancia é algo que facilita esse meu sonho, sem ter que parar de trabalhar. Confesso que é difícil conciliar as duas coisas, pois exige muita disciplina, e após dois anos nessa luta de conseguir me organizar, finalmente, nesse terceiro ano estou conseguindo fazer essas atividades extras que a faculdade proporciona, como a Revista Vozes.