De acordo com o site Foco Saúde o excesso de exposição digital prejudica a memória humana.
Autora: Maria Vital*
Editora: Prof. Larissa Bezerra
Ouvimos com frequência como as tecnologias têm evoluído e quão rápido isso tem acontecido. Esses avanços ocorrem por conta da inovação – que se faz necessária de acordo com as mais diversas necessidades humanas – para otimizar o tempo de execução de tarefas diárias. A palavra “inovação” tem sua origem etimológica no latim “innovare“, que significa “fazer algo novo”, “renovar”, “mudar” ou mesmo “transformar”.
Uma das inovações durante a revolução industrial foi a utilização do carvão como fonte de energia que consequentemente levou à criação da máquina a vapor e da locomotiva. Outra importante inovação foi a criação do telégrafo. Pessoas que outrora se comunicavam por meio de cartas, após a nova invenção, puderam se comunicar instantaneamente. Com o passar do tempo, foram atualizadas novas tecnologias até chegarmos na era dos smartphones com inúmeras funcionalidades e configurações crescendo a cada dia.
A inovação tecnológica está em todo lugar e, hoje em dia, estamos alcançando realidades que até pouco tempo só se eram vistas em filmes, como comando de voz para pesquisas e diálogos com a IA, carros que dirigem sozinhos e outros com programações para identificar se o motorista dormiu ao volante e retorna o veículo para a pista evitando acidentes. De certa forma, as inovações buscam trazer um sentido de rapidez e de proteção para atividades cotidianas, evitando acidentes como no último exemplo citado.
Mas o que mais tem repercutido em redes sociais, sites de notícias e jornais são os robôs humanóides e um grande avanço em pesquisas sobre o ápice da Inteligência Artificial. Em entrevista ao Flow Podcast o Professor HOC – Heni Ozi Cukier – importante cientista político relatou o perigo do desenvolvimento da Inteligência Artificial para a humanidade.
“Sabe qual o problema? A gente nunca corrige as coisas antes delas darem errado, a humanidade sempre corrige depois que dão errado… E na hora que tiver que decidir continuaremos competindo ou não? Vamos desacelerar e fiscalizar e entender melhor o que está acontecendo? Vai ter muita gente falando ‘deixa desenvolver, isso é a salvação da humanidade’. Você pensa tudo bem, mas e o risco? Ah, mas não tem inovação sem risco, tá bom, mas são exatamente esses argumentos que possivelmente vão nos levar a fazer uma escolha que deixaremos alguns riscos de lado olhando para os benefícios… Tony Blair – ex-primeiro-ministro britânico disse, isso realmente é um problema, esse é o verdadeiro problema da humanidade acabar, porque podemos ser dominados por essa máquina.“
As inovações tecnológicas estão crescendo em todos os âmbitos da sociedade, e politicamente, este desenvolvimento tem tomado proporções ainda maiores com uma corrida armamentista tanto por parte da maior potência atual que são os Estados Unidos e seu adversário principal a China, quanto por parte de outros países que também estão em guerra e seguem desenvolvendo suas armas e agregando a elas ferramentas para intensificar sua efetividade.
A questão é que nunca estamos satisfeitos com o que temos, sempre queremos mais e mais, e o exagero em ter tudo de forma mais fácil está formando pessoas imediatistas e cômodas. Devemos entender que tudo deve ser feito no equilíbrio, as tecnologias e diversas inovações ajudam a potencializar nossas ideias, porém a grande exposição às tecnologias pode afetar nossas atividades cerebrais.
Segundo um artigo do site Foco Saúde, o excesso a exposição digital pode gerar distrabilidade – desvio da atenção de um indivíduo de uma coisa para outra -, memória prejudicada e fadiga digital, aumentando a dependência das pessoas para com as tecnologias, e consequentemente fazendo o crescimento das demandas por inovações gerando um ciclo vicioso, de criar novas ferramentas, se acostumar e precisar de algo novo.
Por tanto, diante de todos os exemplos citados, percebemos que aos poucos a tecnologia foi tomando proporções que realmente não imaginávamos que seria possível. Sutilmente, com as pequenas inovações crescendo a cada dia mais e trazendo as pessoas para o ciclo vicioso da dependência tecnológica, percebemos o impacto delas em nossas vidas, conectadas diretamente com a saúde mental e indiretamente com perigos geopolíticos. Sendo assim, este é um cuidado que vale para toda sociedade: saber equilibrar o uso das inovações e aprender a utilizá-las da melhor forma.
* Sou a Maria Vital, e a comunicação é uma das minhas paixões. Levar informação para o público e ver o quão necessária é para a vida humana é um prazer único. O jornalismo tem o poder de impactar pessoas, pensamentos e ações, isso é o que mais me encanta.
Muito interessante a colocação desse tema, é bem preocupante os efeitos do excesso as tecnologias. Hoje em dia basicamente tudo o que fazemos está digital, isso acaba de certa forma nos prendendo a essas tecnologias, então devemos realmente avaliar nosso uso dessas inovações de forma equilibrada.